No domingo, após o culto, embarquei em uma conversa com meu irmão e meu marido sobre a essência verdadeira do evangelho. Em nossas discussões descobrimos que nossos pensamentos não estão a deriva e, que não somos os únicos a pensar que a igreja mudou o foco.
Sim, o evangelho vem sendo apresentado como meio de adquirir bençãos terrenas baseadas no triunfalismo das histórias do Antigo Testamento. (Isso é terrível e muito triste!)
Um evangelho de auto-ajuda e que, principalmente, não mostra o que verdadeiramente é a graça de Deus. Somos ensinados o tempo inteiro que Deus sempre nos dá vitórias e, quando nos deparamos em uma guerra que, humanamente, perdemos, jogamos a toalha e blasfemamos contra Deus. Esse evangelho produz imaturidade e uma cobrança de vitórias materiais, quando na verdade nossa verdadeira motivação não deve ser aqui, nesta terra.
Vamos à igreja em busca de respostas e o que encontramos? Um lugar relativamente "bom" e que nos deve motivar. Quando não encontramos isso, o que fazemos? Saímos para outra ou nunca mais entramos em qualquer outro templo.
Evangelho é amor, perdão e salvação.  Sem amar não há como perdoar e sem perdão não há salvação. Eu sirvo a Deus não pelo que Ele pode me dar, mas por um ideal!
Às vezes eu até ouço pregações que enfatizam essa frase acima, mas na verdade são isoladas diante do montante de ensinamentos diários em que somos bombardeados como em Cultos da Vitória ou do Milagre. (Não sou contra esses cultos, mas na maioria deles vemos as igrejas lotadas de pessoas desesperadas e sedentas por palavras motivacionais que elevem sua auto estima. E aí o que fazemos? Demo-lhes triunfo acima de tudo!)
Jesus não viveu uma vida justa e de vitórias como as de um rei, como aguardavam os judeus. Por isso, não o reconheceram como Cristo, o Messias aguardado.
E, eu, creio que somos constantemente ensinados a subjetivamente negar a Jesus da mesma maneira e usar a nossa fé apenas para embasar nossos desejos e anseios terrenais.
Longe de mim, como em muitos comentários eu li, que acho minhas verdades absolutas. Eu vou repetir que 
verdades absolutas só encontramos na palavra de Deus.
Não estou aqui para julgar ninguém, mas infelizmente estamos produzindo crentes falsos, e me preocupo, principalmente, com uma leva de jovens e adolescentes que vão a igreja por ir e se sentem bem ao sentir um arrepio (achando ser a presença de Deus, porque são ensinados que a presença de Deus se manifesta assim).
Lá, querem que Deus se manifeste e, após uma manifestação estrondosa, porque a irmã que cantou tinha unção, vivem como se fossem sempre os "espirituais".
Mas lá fora, fazem completamente o contrário do que ensina Paulo 
"Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas me convém". 
Na primeira luta e na frustração do divórcio dos pais, na morte de um amigo, na morte de um membro da família, no fracasso do vestibular, na perda de emprego dos pais, na sonho que se perdeu e na primeira traição, tendem a perguntar? "O que eu fiz para merecer isso? Sempre fui fiel, Senhor, sempre te servi, por que o ímpio é próspero e eu não?". 
E nessa hora, levantam aqueles que levantam o dedo e afirmam 
"Depois não entendemos o porquê estamos passando por problemas familiares e sofremos com doenças..." 
Onde estamos? Onde vamos parar? Que visão é essa ao julgarmos o problema do próximo procurando razões para as lutas de nossos irmãos?
Ao invés de orarmos e ajudarmos com palavras de consolo e fazer como Jesus fez em todas as situações, em que os próprios discípulos (que andavam com Jesus, diga-se de passagem) apontavam e discriminavam, insistimos em 
não fazer como Jesus. A natureza humana é assim. Infelizmente. Eu choro ao pensar nessas trocas de benefícios, que achamos ter direito ao servir a Deus.
Nosso benefício maior é a salvação de nossa alma... o resto é passageiro e não nos dá felicidade plena. Nossa felicidade não pode depender de circunstâncias. Se a sua depende, vc não está vivendo a plenitude do evangelho. 
Mesmo quando tudo está dando errado, quando as situações se voltam contra você, ainda fraco, sua esperança e alegria têm que estar firmadas em Jesus, o autor e consumador de nossa fé.
Essa triste situação do jovem que perde o rumo depois de um grande vento resulta em um belo "chute no balde". "Vou fazer tudo contrário ao que fui ensinado. Agora, ninguém me segura. Nem Deus!".
Triste fim será.
O evangelho verdadeiro é além dessas relações humanas e falsas.
O evangelho genuíno é pautado na relação do homem e Deus, que é muito mais misericordioso do que o homem.
Diga-se de passagem o que aconteceu com Davi. Ele preferiu cair nas mãos do Deus vivo, que é rico em graça e misericórdia.
Estou em grande angustia; porém caiamos nas mãos do Senhor, porque muitas são as suas misericórdias; mas nas mãos dos homens não caia eu.
2:Samuel 24-14. 
(...)
Depois da conversa que tive no domingo (que falei lá em cima), ontem, meu irmão me mostrou uma matéria em um site
 (http://noticias.gospelmais.com.br/numero-jovens-adolescentes-cristianismo-falso-16531.html,) e meu marido teve a ótima ideia, 
"coloque isso no blog!". E eu, claro, estou postando aqui para que vocês leiam e entendam que não estou louca e que tudo isso é baseado em pesquisas da real situação do evangelho que importamos, me muitas das vezes, dos Estados Unidos.
"Fiz-me acaso vosso inimigo, dizendo a verdade?" Gálatas 4.16
Cresce o número de jovens e adolescentes vivendo um cristianismo falso, afirma Pastora
Se você é pai ou mãe de um adolescente cristão, Kenda Creasy Dean faz  um alerta: seu filho está seguindo uma forma mutante de cristianismo e  você pode ser o responsável.
 Visite: Gospel +, Noticias Gospel, Videos Gospel, Musica Gospel
Visite: Gospel +, Noticias Gospel, Videos Gospel, Musica GospelDean  afirma que cada vez mais adolescentes estão adotando o que ela chama de  “deísmo moralista-terapêutico”. Tradução: uma fé enfraquecida que  mostra Deus como um “terapeuta divino”, cujo principal objetivo é  aumentar a auto-estima das pessoas.
almost É crescente o número de  conversões falsas entre adolescentes cristãosDean é pastora, professora  do Seminário Teológico de Princeton e autora de 
 Almost Christian,  [Quase cristão].
Seu livro argumenta que muitos pais e pastores estão  propagando inconscientemente essa forma egoísta de cristianismo. Ela  afirma que essa fé “impostora” é uma razão pela qual os adolescentes  abandonam as igrejas.
“Se este é o Deus que eles estão vendo na  igreja, então estão certos em querer nos abandonar”, diz Dean. “As  igrejas não dão motivos suficientes para eles se sentirem motivados.”
 
Características comuns dos jovens apaixonados pelo que fazem
Dean  tirou suas conclusões no que ela chama de um dos verões mais  deprimentes de sua vida. Ela entrevistou adolescentes sobre sua fé  depois de ajudar a realizar uma pesquisa para o controverso “Estudo  Nacional da Juventude e Religião”.
Este estudo, que incluiu  entrevistas feitas em profundidade com pelo menos 3.300 adolescentes  americanos entre 13 e 17 anos, concluiu que a maioria dos adolescentes  que afirmavam ser cristãos eram indiferentes sobre sua fé e não se  envolviam com ela.
O estudo incluiu cristãos de todas as classes –  desde católicos até evangélicos, de denominações conservadoras e também  das mais liberais. Os números finais indicam que embora 3 em cada 4  adolescentes americanos (75%) se declarem cristãos, menos da metade  pratica sua fé,  apenas metade a considera importante e a maioria não  consegue falar de maneira coerente sobre suas crenças.
Muitos  adolescentes pensam que Deus quer apenas que eles se sintam bem e que  façam o bem – algo que os pesquisadores chamaram de “deísmo  moralista-terapêutico”.
Alguns críticos disseram à pastora Kenda  Dean que a maioria dos adolescentes não consegue falar coerentemente  sobre qualquer assunto profundo, mas ela argumenta que existem estudos  em abundância mostrando que isso não é verdade.
“Eles têm muito a  dizer. Eles podem falar sobre dinheiro, sexo e suas relações familiares  com detalhes. A maioria das pessoas que trabalha com adolescentes sabe  que eles não são naturalmente desarticulados”, afirma Dean.
Em  Almost Christian, Dean fala com os adolescentes que são envolvidos com  sua fé. A maioria vem de igrejas mórmons e evangélicas, que tendem a  realizar um trabalho melhor no sentido de gerar nos adolescentes uma  paixão pela religião.
A escritora disse que adolescentes cristãos  comprometidos compartilham 4 características, não importando suas  origens: eles têm uma experiência pessoal com Deus, um envolvimento  profundo com uma comunidade espiritual, um senso de propósito e um senso  de esperança quanto ao futuro.
“Existem incontáveis estudos que  mostram que adolescentes religiosos têm melhores notas na escola, têm  relações melhores com os pais e se envolvem menos em comportamentos de  alto risco. Eles fazem um monte de coisas pelas quais os pais oram”,  escreve ela.
Dean é uma pastora ordenada pela Igreja Metodista  Unida e que diz que os pais são a influência mais importante na fé dos  filhos. Por isso, coloca sobre os adultos a responsabilidade maior pela  apatia religiosa dos adolescentes.
Alguns adultos não esperam  muito dos pastores e líderes de jovens. Os pais simplesmente esperam que  os pastores mantenham os jovens longe das drogas e do sexo antes do  casamento. Outros ensinam um “evangelho legal”, no qual a fé consiste  simplesmente em fazer o bem e não machucar os outros. Não se ouve sobre o  chamado cristão para correr riscos, testemunhar e se sacrificar pelos  outros, conclui Dean.
“Se os adolescentes carecem dessa  articulação da fé, possivelmente é porque a fé que mostramos a eles é  muito fraca para merecer mérito durante a conversa”, escreveu Dean, com a  autoridade de quem é professora de Juventude e Cultura Eclesiástica no  Seminário Teológico de Princeton.
teen guide É crescente o número  de conversões falsas entre adolescentes cristãosMais adolescentes podem  estar se desviando do cristianismo convencional, mas seu desejo de  ajudar os outros não diminuiu, afirma Barbara A. Lewis, autora de 
 The  Teen Guide to Global Action [Guia dos Adolescentes para Ação Global].  Ela diz que Dean está certa – muitos adolescentes estão adotando uma  crença distorcida sobre quem é Deus.
No entanto, houve uma  “explosão” no envolvimento dos jovens desde 1995, o que Lewis atribui a  mais escolas enfatizando a necessidade de serviço comunitário.  Adolescentes menos religiosos não são automaticamente menos compassivos,  afirma.
“Vejo um aumento na paixão dos jovens para fazer deste  mundo um lugar melhor. Muitos jovens estão buscando a solução dos  problemas. Eles não estão esperando pelos adultos”, conclui Lewis.
 
O que os adolescentes dizem sobre seus colegas
Elizabeth  Corrie encontra alguns desses adolescentes idealistas em todos os  verões.  Ela adotou o desafio central do livro de Lewis: incutir a  paixão religiosa nos adolescentes.
Corrie, que já foi professora  de religião do ensino médio, hoje dirige um programa chamado YTI – Youth  Theological Initiative [Iniciativa Teológica da Juventude] da  Universidade de Emory, na Geórgia.
O YTI funciona como um curso  rápido de treinamento teológico para os adolescentes. Pelo menos 36  estudantes do ensino médio de todo o país reúnem-se para três semanas de  formação cristã. Eles adoram a Deus juntos, visitam diferentes  comunidades religiosas e participam de projetos comunitários.
Corrie  diz que não há escassez de adolescentes que desejam ser inspirados e  fazer deste um mundo melhor. Mas o cristianismo que alguns aprenderam  não os inspira “a mudar alguma coisa que não está funcionando no mundo”.
“Adolescentes  querem ser desafiados; eles querem que suas perguntas difíceis sejam  levadas em consideração. Achamos que eles querem bolo, mas eles  realmente desejam bife com batatas fritas, e nós continuamos a lhes dar  bolo”, acredita Corrie.
Estudante de uma escola em Atlanta, David  Wheaton diz que muitos de seus colegas não estão motivados com o  cristianismo porque não conseguem ver o retorno disso. ”Se eles não  conseguem ver benefícios imediatos, acabam se mantendo longe. Eles não  querem fazer sacrifícios”, afirma.
 
Como pais radicais instigam a paixão religiosa em seus filhos
Não  são apenas os pais, as igrejas também compartilham a culpa pela apatia  religiosa dos adolescentes, afirma a professora Corrie.
Ela diz  que os pastores muitas vezes pregam uma mensagem de segurança que pode  atrair um número maior de fiéis. O resultado: mais pessoas bocejando nos  bancos. ”Se a sua igreja não consegue sobreviver sem um certo número de  membros comprometidos, você acaba não querendo pregar uma mensagem que  possa irritar as pessoas. Todo mundo vai concordar se você apenas disser  que devemos ser bons e que Deus recompensa os que são bons”, conclui  Corrie.
Parafraseando a autora de Almost Christian, Corrie  enfatiza que o evangelho da gentileza não consegue ensinar os  adolescentes a enfrentar uma tragédia.
“Não consegue suportar o  peso de questões mais profundas: Por que meus pais estão se divorciando?  Por que meu melhor amigo cometeu suicídio? Por que, nesta economia, eu  não consigo o emprego bom que me foi prometido se fosse um criança  estudiosa?”
O que  um pai pode fazer então? “Seja radical”, responde Dean.
Ela  diz que os pais que fazem algum ato radical de fé  na frente de seus  filhos transmitem mais do que um grande número de sermões e viagens  missionárias.
Um ato radical de fé poderia envolver algo simples  como passar um verão na Bolívia trabalhando em um projeto de renovação  agrícola ou recusar uma oferta de emprego mais lucrativa para ficar em  uma igreja que está passando por lutas, aponta Dean.
Mas não é  suficiente ser radical – os pais devem explicar que “esse é o modo como  cristãos vivem”. ”Se você não disser que está fazendo isso por causa de  sua fé, seus filhos dirão que os pais são realmente pessoas legais. Não  se entende que a fé deveria fazer você viver de forma diferente, a menos  que os pais ajudem os filhos a perceber isso”, diz Dean.
 
“Eles me ligaram quando eu estava sem opções”
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| Anne Havard de Atlanta, Geórgia, é uma adolescente americana apaixonada por sua fé cristã. Mas é uma raridade. | 
Anne  Havard, uma adolescente de Atlanta, pode ser considerada radical. Uma  jovem cuja fé parece estar incendiada. Ela participou do programa da  universidade Emory. Hoje, fica emocionada quando fala sobre a  possibilidade de ensinar teologia futuramente e cita estudiosos de peso,  como o teólogo Karl Barth.
Ela está tão entusiasmada com sua fé  que, após ouvir uma questão, dispara uma resposta de 5 minutos antes de  parar e rir: “Desculpe, já falei demais”.
Havard diz que sua fé tem sido alimentada pelo que Dean chama em Almost Christian “uma comunidade de fé relevante”.
Em  2006,  o pai de Havard foi vítima de uma forma rara de câncer. Em  seguida, perdeu uma das suas melhores amigas – uma jovem na flor da vida  – também para o câncer. Foi aí que sua igreja e seu pastor entraram em  cena. Segundo ela: ”eles me ligaram quando eu estava sem opções”.
Quando  questionada sobre como sua fé se manteve após perder o pai e sua amiga,  Havard não ficou procurando palavras como alguns dos adolescentes em  Almost Christian.
Ela diz que Deus falou mais quando se sentiu  sozinha – como Jesus deve ter se sentido na cruz. “Quando Jesus estava  na cruz clamando: ‘Meu Deus, por que me abandonaste”?’ Jesus era parte  de Deus”, diz ela. “Então, Deus sabe o que significa duvidar. Está tudo  bem passar em uma tempestade, ter dúvidas, porque Deus também estava  lá”.
Fonte: 
Pavablog