quinta-feira, 30 de outubro de 2008

REFERÊNCIAS pra mim...

Tenho ouvido muita coisa, como sempre. Tenho descobrido minhas reais tendências e encontrado uma identidade, que achei nunca encontrar. Alguns elementos que ouço foram importantes para algumas mudanças, às vezes espiritualmente, musicalmente, prazerosamente... Tenho uma lista ao lado direito do blog chamada "música pra mim". Reparem que eu sinalizei como "música" e não como canal de bençãos, edificação espiritual. Há uma grande diferença nisso tudo. E talvez alguns se assustem ao ver cantores cristãos, bandas seculares tudo junto e misturado. Mas eu sei até onde meus ouvidos podem ouvir e canalizar alguma coisa para o bem e para o mal. Tenho consciência do que me faz bem e me agrada. Muitos não conseguem achar esse ponto de equilíbrio. Mas eu consigo, o Espírito Santo me ajuda. Meus ouvidos são santificados. Minha mente também. Mas sou carne, humana e existem inexplicáveis fenômenos que acontecem e mim quando ouço Coldplay, por exemplo. Diferentemente de quando ouço Cindy Morgan. E ainda mais distante de quando aperto o Play e ouço Leeland.
Decidi postar então alguns desses elementos diferenciadores... Começo nessa postagem com dois... Depois vem muito mais pra vocês.
JEREMY CAMP - Carried Me: The Worship Project 2004

Que cd lindo gente! Me surpreendi a cada letra, a cada arranjo, apesar de termos a sensação de que é um cd comercial, encontramos uns elementos diferenciais.
"Beautiful One", de Tim Hughes (compositor da conhecica "Here I am to worship") é maravilhosa! Os vocais, como eu adoro... as guitarras estão perfeitas...
"Wonderful Maker" é uma canção linda de adoração, daquelas que você ouve e quer de novo.
"Empty me" é a minha preferida! Digna de versão. E "Carried me", a última faixa, que é surpreendente...


http://www.independentbands.com/cd/jeremycamp/carriedmetheworshipproject.html



BROOKE FRASER - Albertine 2006

Essa é uma das minhas referências atuais de voz, composições, produção, arranjos, sonoridade.
Eu estou apaixonada por esse cd. É o segundo cd da Brooke. Ela é da Nova Zelândia e membro da Hillsongs Church. O primeiro cd também é lindo, diga-se de passagem, mas esse é mais maduro. Quem me apresentou essa pérola foi um amigo muito querido de BH, André, Dr. André Arêdes. Doido por pop rock e com referências internacionais interessantes, meu irmão sentou com ele e trocaram figurinhas, cds. Junto veio esse disco que tem mexido com minha concepção ministerial e papel junto a minha geração. Brooke é um ano mais nova que eu, e tem uma maturidade incrível, musicalmente (ela toca piano, violão, compõe, produz, arranja), é integrante do Hillsongs (Hosanna, do cd Saviour King é dela), e ama missões como eu, é linda, ousada, corajosa, e abusa de elementos na sonoridade da voz, adoro a dinâmica dela e a dicção, com muita precisão. O som de batera do cd é simplesmente perfeito, as guitarras, aff... Sem falar no som do piano, sempre muito madeira... Agora vamos as canções. "Swadowfeet", a primeira faixa, comercial, mas linda. "Deciphefing me", letra intrigante, do jeito que adoro. "C.S LEWIS", uauuuuu!!! Que piano mais lindo... E como a Brooke é louca em dar o nome de Lewis a essa canção, claro que são questionamentos que o famoso escritor também tinha. Ainda vou postar uns trechos e pensamentos dele aqui no blog, são dignos de serem apreciados. "Seeds", quanta inspiração! E que violões lindos, sem trastes... loopings, percurssões perfeitas. Me lembra de Roboão, o rei que foi e não deixou saudades de si. O que estamos deixando para o nosso legado?
"HOSEA'S WIFE" é a minha preferida do cd. É a realidade do cristianismo. Vendido, enganando seguidores que são manipulados pela prostituição como Gomer, a mulher de Oséias. Eu postei um artigo (Prostituição) com a versão que fiz para essa canção, que provavelmente entrará para o repertório do meu novo projeto (tá ficando lindooo...). Adoro os efeitos do arranjo... as cordas, guitarras, a interpretação dela. Enfim, um cd que vale realmente a pena.
"Hymn" é um hino. No sentido literal. Que arranjo lindo de cordas. Daqueles que ficam nos anais da história.

http://www.gospeldownloads.com.br/album/cd/3487/Brooke+Fraser/Albertine


Agora você deve estar se perguntando, nossa! Ela realmente
gosta da Brooke (repare na diferença entre os dois textos, o do Jeremy e dela...)
Pois é, eu me identico mesmo com ela, com os propósitos
ministeriais, propostas musicais.
Faz bem aos meus ouvidos e coração. Apesar de que, quem me conhece,
sabe que sou muito instável, de momentos... Mas hoje estou vivendo isso.
E tenho retratado isso nas canções que tenho escrito... Com muita
responsabilidade me coloco a disposição do Senhor, com sensibilidade nas letras,
melodias e harmonias (auxiliada pelo Jojo, meu doce irmão) para alcançar
o Seu coração e disponibilizar ao mundo o caminho para a presença Dele.

Quando tiver curiosidade de ver como a Brooke é, procure os
vídeos no You Tube, lindos e originais.
Tenho alguns nos meus favoritos do orkut. Valem a pena...

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

tadinha de mim....


"Não vou me encantar, nem vou me prostar diante do deus que dominou e se apossou deste século. Não vou aceitar e nem participar dos manjares oferecidos a mim."

(trecho da minha canção... RUMO AO CÉU...)


terça-feira, 28 de outubro de 2008

NA CONTRA-MÃO DO SISTEMA.








"Palavras que, em visão, vieram a Amós, que era entre os pastores de Tecoa..." Am 1.1


Um profeta que rejeitou treinamento de profeta profissional, admitindo ser um simples pastor de ovelhas e colhedor de sicômaros (um fruto considerado o "figo" dos pobres). Vivia em Judá, mas foi chamado para profetizar no Reino do Norte de Israel, aonde era visível a ostentação material. Novos auges políticos e militares trouxeram para Israel um tempo de prosperidade para o povo, que envolvido com seus bens e vida social, luxúria para os ricos e opressão para os pobres. A imoralidade imperava, o sistema judicial estava corrompido e o que é pior: a idolatria estava exuberante. A situação religiosa estava um caos, o envolvimento com suas próprias vidas, com o egoísmo antropocêntrico colocou Israel em julgamento perante o Senhor que estava impaciente e estava disposto a destruir a nação a menos que houvesse uma mudança no coração do povo – uma mudança na qual "corra o juízo como as águas; e a justiça, como ribeiro perene." Am 5.24. O que é pior, o povo estava tão cego concernente a real situação deles diante do Senhor, que acreditavam que o tempo da prosperidade em que viviam, era sinal da benção de Deus sobre eles. E a tarefa de Amós, o colhedor de sicômaros e pastor, era entregar a mensagem de Deus, pregando contra todo o sistema, contra toda hostilidade, futilidade, contra a prosperidade em que o Reino do Norte, governado pro Jeroboão vivia.

Qualquer semelhança não é mera coincidência. Um povo corrompido pelos próprios prazeres, envolvido pelo desenvolvimento tecnológico, preocupado com os seus limites de terra, em construir riquezas, vivendo libertinagem e imoralidade, invertendo valores importantes para uma sociedade, vivendo reféns do próprio desenvolvimento, presos em grades e cadeados, ou dentro de um carro na maior parte do dia, perto de um colapso involuntário e longe, bem distante de Deus. Tentando descobrir meios para alcançar a Deus, criando formas e caminhos para ter acesso a qualquer resposta aos mais simples questionamentos que o homem sempre vai ter quanto a eternidade e a paz interior. Construindo muros e se fechando dentro de si em castelos de torres altas e vivendo o mais literal sentido da solidão. Sucumbindo em religiosidades, em rituais que aparentemente os aproximariam de Deus, sobrevivendo em meio aos compromissos diários da vida secular e preocupados com seus anseios e desejos.

Todo desenvolvimento em que vivemos, facilidades em conquistar diplomas e um lugar de destaque na sociedade, leva a entender que Deus está nos aprovando em meio ao mundo em que vivemos. O mundo que não é o nosso lugar, o mundo que jaz do maligno e reconhecer essa verdade não é fácil em meio ao luxos do século XXI. O deus do século, o príncipe do mundo se apresenta a nós da melhor maneira possível, nos encantando com manjares e ofertas irrecusáveis, nos cegando e nos dominando nas víceras da carne.

Assim como Israel, esbanjando a prosperidade e as riquezas... Experimentando, como há muito tempo não viam, um tempo de fartura. E o mesmo povo que viu o mar vermelho se abrir, que foi guiado por quarenta anos no deserto vivenciando os milagres do maná, das codornizes, da coluna de fogo e de fumaça, das rochas brotarem em água, se esqueceu do Deus dos milagres. Ou se lembrava dele apenas nos dias festivos, nas datas comemorativas, mas no dia-a-dia, era raro a busca por Ele e tentar agradá-Lo. Uma sociedade materialista corrompida, mas próspera e vivenciando as mais plenas realizações humanas. Assim é a nossa geração. Vendida, enganada, acreditando que Deus está aprovando atitudes de mentira, ritos externos e falsas ideologias.

Profetizar contra todo esse sistema era o que Deus pretendia que Amós fizesse. Que saísse de lá do meio das suas ovelhas, com ousadia e entrepidez, entregasse uma mensagem de juízo para o povo que Deus sentia saudades. Ele enfatiza, de um modo peculiar, que a retidão e a justiça são essenciais para uma sociedade saudável. Religião é mais do que observar os dias festivos e reunir assembléias santas. A verdadeira religião exige um viver de retidão. O modo com que uma pessoa trata o seu próximo revela seu relacionamento com Deus. Jesus disse que o maior mandamento de todos era amar a Deus. O segundo era amar o nosso próximo como a nós mesmos. E esta é a mensagem de Amós. A mesma que necessitamos hoje. Também vivemos numa sociedade próspera e materialista. E também nos enganamos que temos as bençãos de Deus sobre nós. A tendência é dar a Deus bens materiais, ofertar na igreja, dar o dízimo, ajudar a obra missionária e crer que o satisfazemos e que Ele está sempre conosco. A prosperidade material, frequentemente, leva à corrupção religiosa e moral e a observação de ritos externos não é suficiente.

Amós estava na contra-mão de tudo. Estava do lado errado da história. Como um pastor de ovelhas e colhedor de sicômaros era o portador de Deus? Haviam outros profetas, considerados profissionais, aprovados na escola dos profetas. Porque Deus traria um "qualquer" de Judá para profetizar em Israel? E ainda profetizar contra um sistema aparentemente saudável.
Quem de nós está disposto a fazer o mesmo? Quem está disposto a levantar a bandeira contra o sistema corrompido dessa sociedade e de uma igreja que caminha no sentido que não deveria estar? Quem vai falar a verdade e não temer a vida? Quem vai abrir a boca? Quem vai falar a essa geração que buscar o bem e não mal para viver é o que o Senhor dos Exércitos ordena? Quem vai dizer que haverá pranto em todas as praças no grande dia do Senhor? Quem vai pagar o preço de ser caçoado e rejeitado? Quem pode dizer eis-me aqui para o Senhor e rejeitar uma vida confortável no mundo? Quem vai estar na contra-mão do sistema?



EU???

Pense nisso...


Evangelho que prega prosperidade

acima das circunstâncias

não é o mesmo da Bíblia. Anátemas!

Fora os anátemas...


sexta-feira, 10 de outubro de 2008



















"Ser uma pessoa implica sempre tornar- se uma pessoa, estar num processo de mudança permanente." John Powell.


Grandes decisões decidem grandes destinos.


Eu não vou me diminuir. Só me diminuo se for na condição de João Batista quando disse: "Que eu diminua para que o Senhor apareça."


Se não for assim, não diminuo minha sorte, minha missão, minha crença, meu destino.


Quanto maior for a minha decisão, maiores consequências ela trouxer, maior será o resultado do que amanhã eu terei.



Eu acho que é isso. Ou pelo menos penso hoje assim.




(adoro essa foto... são duas grandes amigas... uma eu ganhei de presente, minha tia Milaide e tio Gute quem me deram. a outra, eu ganhei da vida.)

Jamille e Rebeca.








terça-feira, 7 de outubro de 2008

PROSTITUIÇÃO


Dias questionadores.
Dias em que nossa fé tem sido provada como o ouro provado no fogo.

Lendo o livro de Oséias, encontro uma história interessante e chego a comparar nossas atitudes e desperdício de vida com a vida dela. Da mulher de Oséias. Sim, penso que estamos nos escondendo atrás de máscaras e vivendo barganhas dissolutas dentro de um evangelho que não é o mesmo que Jesus ensinou. Prostituindo-nos com ranços, com o dissabor da vida, com a racionalidade fingida de subconsciente irracional. Poupe-me. Somos muito similares a ela. A prostituta, salva da vida pecaminosa, a vida de vergonha e transformada em uma mulher de bem. Gomer era o nome dela. Uma mulher adúltera, porém, amada por Oseías.
Só que o anseio e o desejo carnal de perseverar na caminhada da prostituição gritaram mais alto. E o retorno para o prazer de vender seu corpo foi inevitável.
Adeus Oséias.
Adeus vida direita.
Adeus vida regrada.
Ainda bem que Oséias era misericordioso. Digno de amor. Amor incondicional. Amor de graça.
Perdoou sua mulher, a trouxe de volta, seguindo a ordem divina e reestruturou seu lar, sua casa, sua família.
Quantos de nós somos assim?
Nos prostituímos com altares, com ídolos que não falam, que não andam, que não ouvem, não vêem. Nos vendemos por tão pouco, por prazeres, por pecados e nos afastamos de Deus.
Que triste lida! Assim foi com Israel, que com outros deuses se prostituía e se esquecia do incondicional amor do Deus que o livrou do Egito.
Que triste lida, assim somos nós. Salvos do pecado, agraciados com a salvação, mas ingratos quanto ao perdão.
Calor de dia, frio de noite. Incômodo constante. Falta de água, comida insuficiente. Inexistência de sombra, escassez de vento.
Esse é o deserto. Passamos por lá e não entendemos o silêncio de Deus. Não entendemos suas razões em nos permitir o sofrimento. Claro, nos esquecemos que constantemente rejeitamos suas propostas, seus convites e não percebemos que voltar a uma vida de práticas errôneas e pecaminosas é só uma questão de tempo.
“Portanto, eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração.” Os 2.14
É necessário o deserto, é necessária a retirada para o sol escaldante. É necessário ouvirmos a Deus. Seu sublime amor é capaz de nos atrair para o sofrimento para ouvirmos Sua voz, entendermos seus propósitos e concebermos seus sonhos.
Chego a conclusão de que somos como ela... Como Gomer. A mulher de Oséias.

Essa canção é de Brooke Fraser.
Tenho cantarolado na versão original que é em inglês e fiz uma versão.
Letra reflexiva e muito forte... real.



OUÇA A CANÇÃO:
MULHER DE OSÉIAS(Brooke Fraser)

Em baixa voz com ela ao meu lado conversei
Agoniado coração, me preocupei
Porque sem entender com raiva me perguntou
Pra que viver???

Eu vejo marcas de buscas aonde vou
De corações a guerras, livros a tv
Há uma pergunta escondida que ninguém vê...
Pra que viver???

Somos como a mulher de Oséias
E perdemos tempo como ela
E usamos as pessoas como escadas e punhais

Se você pode ver
Se consegue ouvir
E achar dentro de você o desejo
De ir além
Liberte-se de si
Volte a viver
Recomece o quantes antes
Acreditar é começar

Há verdades tão pequenas em parte de nós
Não adianta esconder, elas vêm após
Das perguntas que ecoam dentro de você
Pra que viver???

Somos como a mulher de Oséias
Jogamos fora a vida como ela
E nos vendemos e mentimos por dinheiro pra viver
Somos muito mais
Do que possam imaginar
Imaginar...
Mais do que além
Sangue e emoções
Idéias e noções
Mais que areia do mar...

sábado, 4 de outubro de 2008

ACIMA DA MEDIOCRIDADE


"Escrevo o que vivo, a boca fala o que o coração está cheio e os dedos digitam os pensamentos do meu coração..."

Religiosidade. Costumes. Tradições. Princípios...
Ah... São tantas as causas que escondem as principais razões do homem religioso. Causas baseadas em criações, lugares, meios de vida, de trabalho, imposições, “forçações de barra”. Tudo fundado na idéia de que assim nasci, assim fui criado, assim morrerei, assim deixarei meu legado.
Tenho observado a luta constante dos líderes das igrejas em insistir nos ideais iniciais das suas denominações. Tem lutado com todas as forças para permanecerem naquilo em que foram ensinados. É algo mais moral do que espiritual. E as conseqüências dessa luta constante e veroz têm sido drásticas para os nossos dias e produzido uma geração inconformada, desequilibrada e sedenta por respostas.
A sociedade em constante mutação, em seguidas doses de injeção de modernismos vem agregando à igreja valores antes desprezados pelos líderes. São valores não essenciais, mas não menos importantes. Mas também não devem ganhar peso incondicional ante aos princípios e doutrinas bíblicas sobre o que é pecado ou não.
Penso que os últimos dois meses que vivemos, foram recheados de situações que colocaram em dúvida a índole de alguns importantes referenciais para a igreja. A eleição, acompanhada de altas doses de papel moeda, trás para dentro do corpo de Cristo algumas inverdades, antes nunca aceitas. Há uma perda de conceitos e a igreja vem, honestamente, perdendo sua identidade quanto entidade, quanto pilar espiritual da sociedade. Perceberam o nosso poder contundente, nossa força e disfarçados de “amigos do evangelho”, ganharam o apreço da nossa liderança. É visível a deturpação de um relacionamento com o mundo que não deveríamos aceitar. “... se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele...” I Jo2.15. E é exatamente nesse ponto que quero ater-me.
Até que ponto que se interpreta essa amizade com o mundo e a confunde-se com costumes quanto a uma simples indumentária? Interpretações desse texto são acompanhadas de horas de pregações relacionadas à como devemos nos comportar quanto aos costumes e não quanto ao pecado da corrupção dos nossos corações. “O coração do homem traça o seu caminho...” Pv 16.9. E problemas mais sérios a serem tratados ficam escondidos e produzindo reações que resultam em pessoas que se vestem como crentes, andam como crentes, mas não agem como tais.
Até onde uma cultura milenar deve permanecer ativa e acesa? O que é mais precioso... rasgar as vestes ou rasgar o coração? Lembro-me do profeta Joel, pregando a misericórdia ante a um arrependimento. Invalidando qualquer sacrifício exterior, quando que, verdadeiramente, o que importa para o Senhor são atitudes sinceras de um coração puro, pronto para produzir frutos dignos de arrependimento.
É um farisaísmo que prende as mentes e cega os olhos dos mais altos escalões da igreja a verdades tão refutadas antigamente. O que era pecado antes, hoje pode não ser, ou como se diz “isso não tem nada a ver”. Lamentavelmente, sem respostas a certos tipos de pecados, se é que podemos classificá-los, nos fixamos na idéia de que não devemos remover as estacas fincadas pelos nossos pais e interpreta-se textos bíblicos tão contextualizados a maneira que lhes convém.
Presos a legalismos, a ordenanças humanas e antigas... A visão da igreja está limitada e está disseminada uma tão triste situação, abominada pelo próprio Jesus: o julgamento ao próximo. O preconceito de quem é ou não é, de quem tem ou não tem. E o reino espiritual fica restrito a quem cabe nos padrões determinados.
Uma triste situação de mediocridade impera na igreja. Um tempo de conformismo e solidez nos parâmetros assinados por homens e continuados por homens também. Um tempo de hipocrisia quanto a atitudes de imoralidade consciente e de arrependimento sincero. Quem determinou as leis? As que foram determinadas por Deus, foram escritas por homens santos, reveladas pelo próprio Deus e contidas nos sagrados livros da santa escritura. O que vem adiante, são pensamentos e determinações humanas. Portanto, indiferentes para Deus.
“Porque irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne, sede antes, servos uns dos outros pelo amor.” Gl 6.13.
A palavra nos chama a liberdade e não a carregarmos fardos pesados que nos causem envergadura na coluna, que nos impossibilitem a andar precisamente com um andar vitorioso e confiante, olhando para frente.
Imutável é o Senhor nosso Deus, mas a sociedade “metamorfosicamente” caminha, levando consigo a igreja. Adequarmos-nos ao sistema e mantermos uma postura inconformada com o mundo é um dever. “E não vos conformes com o mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento (mente), para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Rm 12.1. E essa postura nos é garantida quando nossa mente está espiritualmente renovada, longe do pecado, perto de Deus.

" O que pode fazer a pessoa honesta quando as leis e os bons costumes são desprezados?"O Senhor DEUS está no seu Santo Templo; o seu trono está no céu.Ele vê todas as pessoas e sabem o que elas fazem. (Sl 11:3,4 Linguagem de Hoje)
Li isso em um livro do sábio Mike Murdok: "Seu sistema de convicção foi escolhido para conforto ou mudança."

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

AMANDO A INTIMIDADE DIVINA


É indiscutível o tempo em que vivemos: tempo da intimidade com Deus, da geração levítica e adoradora. Porém é com certo espanto que vemos um número cada vez maior de pessoas que se dispõem, atualmente, a enquadrar-se na conhecida leva dos “ministros de louvor”. Parece-me que se tornou “moda” ser chamado adorador, e convidar a igreja à sala do trono.
A crescente onda levítica só faz aumentar ainda mais a quantidade dos que se autodenominam “levitas do Senhor”. É como se qualquer um que conduza o louvor da igreja pudesse ser considerado adorador. Longe de mim, julgar alguém, mas falo com a confiança que me dá o Senhor Jesus de que não existe ministério de louvor ou pregação sem que haja uma vida devocional a Deus.
O filão comercial instiga essa situação. O retorno financeiro que tal estilo tem proporcionado recentemente aos seus produtores e intérpretes tem aumentado a demanda e a procura por CDs considerados do estilo “adoração”. A procura por estes trabalhos provém de uma geração sedenta por Deus e por tudo que Ele proporciona quando estamos em Sua presença. E intimidade, toques profundos, relacionamento sem barganhas, vida reta e íntegra diante do Pai é o que almeja o homem dessa geração.
Achava-se que este homem, dotado de informações provenientes de todos os lados, não seria vazio e não acharia necessidade em buscar um ‘deus’. Mas a margem de erro para previsões como esta vem crescendo a cada dia. A igreja tem buscado essa intimidade, esse relacionamento, essa vivência de amizade, como Abraão, chamado “amigo de Deus”. E é nessa carência que encontramos a necessidade de artifícios que nos façam, ao menos, parecermos juntos e próximos ao Senhor.
A adoração como estilo de vida difere desta procura inconsciente. Segundo muitos pensadores, cristãos ou não, o mal deste século seria a inexistência do amor, o amor para o próximo. E falar de adoração, da verdadeira adoração a Deus, conduz-nos à agregação ao mais excelente dos sentimentos como principal motivo e razão de busca e procura sedenta por Deus. É causa e conseqüência: amar e adorar, viver e presenciar Deus nos mínimos detalhes da nossa existência.
Como em Cantares de Salomão, em que o noivo declara a sua necessidade pela noiva, e em palavras intimistas revela como o Cristo sente-se atraído pela sua igreja, podemos expor o mais significativo exemplo de profunda e reta adoração. É uma “atração fatal”, e os que vivenciam essa expressão desfrutam uma vida de banquete ante a presença de Deus. “Levou-me à sala do banquete, e o seu estandarte em mim era o amor”.
Não busquemos essa atração pela moda, pela “onda”, mas pelo sentido vivo de comunhão com o anfitrião da sala do banquete. Não por um cristianismo barato, mas pelo simples e puro evangelho, no qual adorar a Deus é por entre nossos olhos, beijá-lo e senti-lo como a primavera que vem depois de um inverno incessante. Ele vem, e convida a noiva a ver as flores na terra e a cantar, pois o tempo chegou – há tempos – e a hora é essa, em que o Pai procura os verdadeiros adoradores que O adorem em espírito e em verdade.