terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Quando um relacionamento termina...

Hoje, visitando o blog da Fernanda Floret (http://vestidadenoiva.com), me deparei com um post sobre o término do relacionamento de uma leitora, chamada, de maneira fictícia, de Mel. 
A Fernanda pediu conselhos às leitoras e uma palavra amiga para que a "Mel" pudesse se sentir melhor mediante ao fim de um noivado, faltando pouco tempo para um casamento.
Eu posso imaginar como esse menina se sente! Já passei por isso. Vocês que lêem meu blog e me acompanham há alguns anos sabem do que estou falando. 
Aliás, quando comecei com esse blog eu estava no processo de "reestruturação". Tanto que meus posts iniciais são bem filosóficos e cheios de mensagens nas entrelinhas. Nunca falei diretamente sobre isso aqui, não estava preparada.
Hoje, estou casada e posso falar sobre isso sem receio nenhum e até tiro vantagens do meu sofrimento. Foi muito doloroso, mas em cada situação eu via a mão de DEUS!
Se você já passou por isso, ou, está passando e já pensou em até tirar a própria vida, saiba que isso também aconteceu comigo e hoje sou uma mulher realizada e feliz.
Espere em Deus e não inicie um relacionamento sem que a vontade de Deus seja a principal. Isso traz sofrimentos futuros e uma situação vergonhosa  para sua moral diante das pessoas, já que ser noiva (com data de casamento marcado) e levar um belo chute na bunda, muda o modo como as pessoas te vêem (é, isso acontece!!!).
Acho que, até pela minha experiência, hoje eu posso aconselhar alguém que passa por isso e mostrar os erros, apontá-los e ajudar a acertar. 

Segue agora, minha resposta no blog da Fernanda:

É, passei por isso. Tinha um relacionamento de três anos. Confesso que foi um namoro iniciado pela minha vontade. Eu orei muito para começar, mas orava querendo que desse certo e não me importava em saber se Deus estava contente com isso.
Eu não ouvia meus pais mais e estava em uma fase que achava que já sabia o que era certo para mim. Que dó!
Estava noiva há um ano e meio e com data para casar. Estávamos pagando a casa e vendo as coisas do casamento (o mês já estava marcado...) Um belo dia, depois de umas crises, ele terminou comigo pela internet (ele morava em SP e eu, em Angra) e nunca mais veio à minha casa para dar satisfação de nada. Só nos vimos uma "vezinha" quando tive que ir à SP, na Porto Seguro, para passar para o nome dele o consórcio do imóvel que tinhamos adquirido. Foi um divórcio...rs
Nossa, eu me lembro que eu deitava no colo da minha mãe e só gemia de tanta dor. Minha vida não tinha sentido sem ele, foi terrível... O mais difícil é que eu sou cantora, e ele era o meu produtor.... Havíamos produzido meu último disco juntos e tínhamos muitos sonhos ministeriais! Pelo menos eu achava tínhamos... acho que ele tinha outros projetos e foi atropelado pelos meus. Só que eu não havia percebido isso.
Mas pedi forças à Deus e comecei a ver o livramento que Ele havia me dado quando tudo acabou. Deus tinha coisas melhores e maiores para minha vida. Não era para ser ele! E eu, cega, querendo ver penas a minha vontade e o meu desejo, sofri muito mais tempo do que deveria e demorei muito mais para me livrar das lembranças que me perseguiam...
Tentei me envolver com outras pessoas, meses depois, mas nunca dava certo porque eu não soube esperar o tempo da cura de Deus. Eu procurava nessas pessoas características do meu ex! E aí, só me frustrava ainda mais. Foi bem complicado.
Eu mudei o corte de cabelo, fiquei mais loira e depois completamente morena. Eu estava uma metamorfose ambulante. Queria me encontrar porque uma parte de mim havia ido com ele e eu precisava recuperá-la.
Comecei a viajar sem rumo... só viajava, não queria ficar em casa. Fiz grandes amigos nesse tempo e conheci muita gente legal!
A cura definitiva para todas as mágoas aconteceu quando entendi que precisava confessar para Deus onde foi o meu erro, que fez tudo dar errado. Mostrei para Ele a minha dor... E falei que queria a vontade Dele para minha vida e nunca mais queria só a minha.
O processo foi lento... eu tinha muitos sonhos com ele e fui jogando fora as cartas, apagando emails, jogando fora objetos que me faziam recordar a vida que tivemos, fui jogando muitas fotos fora... até que a nossa aliança de noivado ele pediu de volta! Meu pai não queria devolver (Ele que a arrancou do meu dedo, porque quando tudo acabou eu estava com vergonha das pessoas em dizer que o noivado acabou e não tirava a aliança, acreditaaaa?!). Meu pai dizia que ele tinha que ser homem para buscá-la de volta.
ahahahahaahhaahah...
Enfim, ele chegou a colocar uma irmã dele no circuito, dizendo que ela iria casar e ele tinha dado a aliança de presente. Ela chegou a me pedir por msn e tudo! Daí, na joalheria eles trocariam por um par novo... achei isso muito estranho.
Orei e pedi a Deus a direção para isso e aproveitei uma ida à SP para pedir ao meu pai para devolvê-la. Ele me autorizou e a entreguei para outra irmã dele que é minha amiga até hoje (ele tem três irmãs e apenas uma ficou minha amiga eternamente...rs).
Só depois de uns meses eu soube que, na verdade, a aliança era para ele e para a noiva dele, porque ele também iria casar e não queria me contar... (nossa, essa notícia foi como um atropelamento pra mim... e, sim, ele é mão de vaca, rs, ou não tinha condições de comprar outra, né...)
Foi ótimo saber disso... Fiquei tranquila depois quando pensei que ele estava feliz e me senti liberada para viver minha vida. Porque depois, eu soube que havia terminado comigo porque se sentiu obrigado a isso. A mãe dele e a família o havia pressionado e ele teve que fazer isso (ele tinha 18 anos qdo começamos a namorar... eu sou três anos mais velha... e acreditem! Essa diferença, nessa idade, faz DIFERENÇA na maturidade!).
Ele teve que se acostumar a viver sem mim e sofreu muito por isso e por isso dizia que não me amava mais  e por isso estava terminando, pois erramos muito juntos...  (é sério isso. Eu acredito que ele sofreu...) Isso tudo eu sabia pela irmã dele que é minha amiga (ela até cantou no meu casamento!).
 
Mas eu fiquei livre quando percebi que não podíamos nunca mais voltar. Não era a vontade de Deus e aceitei isso! Ele se casou é feliz com sua esposa (eu a conheci no casamento da irmã dele que é minha amiga até hoje. A menina é bonita e tem uns olhos azuis lindos! Sabe, que quando eu a vi com ele, fiquei muito feliz... eu, já estava namorando meu esposo... e senti algo tão bom, porque pude respirar fundo e dizer, é, isso passou!)
Alguns meses depois, minha vida deu uma guinada. Comecei a trabalhar onde trabalho, atualmente, e conheci meu esposo.
Nem imaginava que seria na minha própria cidade, que ele seria sete anos mais velho que eu, que não seria músico (eu só namorei músicos...rs), e que se tornaria a pessoa mais importante da minha vida e que me faria a mulher mais feliz do mundo!
Eu agradeço a Deus por tudo que passei e entenda, vale a pena esperar. Isso passa. Foi um grande livramento, pois não seria bom para mim e nem para ele. Um tempo novo veio sobre a minha vida.

(...)

Ah, não me importo se ele ler esse post, ou alguma de suas irmãs, ou meu marido.
Todos sabem que foi exatamente isso que aconteceu. Agradeço a Deus por ter conhecido a família dele, porque foram pessoas queridas que marcaram muito a minha vida. Seu pai e sua mãe fizeram parte da minha história. Só que não deu certo porque não era pra ser. 
Tem coisas e lutas que a gente escolhe entrar... E vitórias que a gente escolhe alcançar.
Eu alcancei a minha e estou muito feliz... Mais do que eu pensava eu poderia estar um dia. Eu e meu marido estamos lutando juntos por nossos sonhos e nos ajudamos com companheirismo, amor e paixão. Nos respeitamos e conhecemos nossos limites. Casar com o homem da sua vida é bom demais.

Meninas, esperem no Senhor! O Isaque vai aparecer... O Espírito Santo é quem vai buscá-la para ir ao encontro dele. Assim como Eliezer buscou Rebeca. Fique no poço e seja sábia, simpática. Ou você poderá assustá-lo quando ele chegar...

Beijos da Sra. Lara!

Olhe minha expressão de felicidade!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O louvor e adoração na Assembleia de Deus








Esses últimos dias têm sido dias de análise. Estou analisando tudo que aconteceu há cerca de três anos pra cá. Foram dias iniciados por grande revolução interior. Meu coração clamava por mudança. Eu estava desesperada por poder praticar o que estava gerando em mim.
Foi quando"o novo de Deus" chegou para minha vida.
Lembram-se desse post? http://ombrosungidos.blogspot.com/2009/01/novo-momento.html9/01/novo-momento.html

Em fevereiro de 2009 fomos empossados na direção da Assembleia de Deus Nova Angra 1, congregação do Ministério Sul Fluminense. Digo "fomos empossados" porque meu pai, como pastor (Pastor Eli), não foi sozinho, mas com toda sua família.

Entramos nessa nova empreitada de cabeça e de peito aberto. Nosso coração entrou com tudo nessa também e iniciamos nosso trabalho com a intenção de fazer daquela igreja e daquelas pessoas nossa família.

O início da minha visão

A primeira coisa que pensei a respeito quando cheguei ali foi o louvor. Tenho um desejo em mim sobre a visão do que seja louvor nas Assembleias de Deus. Meu desejo é além do que ter cds, viajar o mundo e ganhar almas através da música.

Entendo que a responsabilidade do louvor na minha denominação seja direcionado aos grupos e departamentos, ou às pessoas que cantam sozinhas, como eu.
Acho isso muito louvável, até porque oportuniza várias pessoas. Mas não acho que isso seja totalmente certo. Veja bem, isso é apenas a minha opinião diante aos 26 anos que tenho congregando em uma igreja extremamente pentecostal e viajando pelo Brasil e até à Europa e observando como funciona o sistema.
Cheguei a uma conclusão óbvia.

Excelência

O louvor na Assembleia de Deus parou de ser direcionado à Deus há um bom tempo. Desde que se iniciaram os cânticos de auto ajuda, onde o homem passou a ser o foco, o louvor parou de ser realidade.

Os ritmos passaram a mandar e o que acendia o fogo era o tal do forró. Ainda bem que essa era está passando. Não importavam as letras das canções, mas se era ritmado e te fizesse levantar do banco com paradinhas marcadas na bateria era de "fogo". Aff... Quantas vezes fui cantar e ouvia o pastor pedir isso: "Cante música de fogo..."

Vocês acham que eu fazia o quê? Eu cantava aquilo que Deus havia colocado em meu coração porque sempre achei que para Deus temos que fazer com excelência. E excelência diz respeito à ensaios, preparação vocal e principalmente preparação espiritual. E como poderia cantar algo que não curto? Algo que não acho belo e apresentável por minha pessoa. Deus respeita nossas opções e por isso deu a cada um uma diferente personalidade. E isso também tem a ver com nossa formação musical.

Os levitas, o que são?

A Bíblia é muito clara quanto à responsabilidade que era dada às pessoas que eram chamadas para específicos ministérios. Os levitas, um termo já conhecido e utilizado para designar os músicos ou cantores, se destacaram no espisódio em que Moisés, ao descer do monte, se deparou com o bezerro de ouro. Eles se levantaram no meio do povo para servir ao Senhor e desde então não pararam mais.

Mais tarde, no tabernáculo, eles foram instituídos por Deus para auxiliar Arão e seus filhos nos afazeres do tabernáculo. Eles que cuidavam dos objetos sagrados, transportavam a arca da aliança, dentre outroas coisas.

Para quem não sabe, eles são da tribo de Levi, e só no período do reinado de Davi, a música foi inserida como parte integrante do culto. Afinal, Davi era músico e compositor desde a sua juventude (I Sm 16:23). Então, atribuiu a alguns levitas a responsabilidade musical.
Em I Crônicas (9:14-33; 23:1-32; 25:1-7), vemos diversas atribuições dos levitas. Havia então entre eles porteiros, guardas, padeiros e também cantores e instrumentistas (II Crônicas 5:13; 34:12). Aqueles levitas, designados por Davi para o louvor, eram liderados por Asafe, Hemã e Jedutum, e tinham a tarefa de PROFETIZAR com harpas, alaúdes e saltérios (I Crônicas 25:1).

Por isso eu levanto a bandeira de que para ser levita, não basta ser da tribo de Levi, tem que ter o chamado. Para que um levita entrasse para a obra do tabernáculo ele deveria ser separado mediante uma cerimônia especial. Eles eram purificados ao oferecer sacrifícios sendo espargidos com água misturada com cinzas de bezerra ruiva, barbeando-se e lavando seus vestidos. Os sacerdores impunham as mãos sobre os levitas na cerimônia de consagração e o mais importante de tudo. O levita não tinha direito à nenhuma terra, ou seja não tinha possessão de terra, como as demais tribos. Sua herança era o Senhor! Aleluia!

(Depois vou transpor isso para os dias atuais... em outro post, ok?)

Ministério de louvor na sede

Há alguns anos atrás, há cerca de oito anos, mais ou menos, senti o desejo no meu coração de montar um Ministério de Louvor na Assembleia de Deus Ministério Sul Fluminense Sede. Nessa igreja eu cresci, ali eu nasci e fui apresentada ao Senhor. Meus primeiros passos foram dados ali e ali aprendi a cantar.

Foi tudo com muita luta. Chamei as meninas, a Kelly, Gislaine, Mima e tínhamos uma grande dificuldade com vozes masculinas. Víamos no Michel, que era bem novinho ainda (hoje já está noivo e vai casar...rs), um grande futuro. Também tinham o Hállan e o Jhonny, eram todos da mesma idade e gostavam de cantar... seria um investimento. Até porque ainda não dividiam vozes e tal... No ensaio tínhamos muito trabalho em passar as vozes e afinar. E eles tinham uma mania de vibrar como o vocal "a la Cassiane"... Ah, como era difícil!

Na verdade, a maior dificuldade eu sentia no fato de que eram considerados participantes do ministério de louvor apenas os que cantavam. Não tínhamos músicos fixos. Ninguém queria valorizar, ningúem queria mais responsabilidade e para começar, nem o pastor apostava muito. Éramos vistos como "grupinho de louvor". Não havia liderança. Não havia muito respeito a uma voz e nem dias fixos de ensaios. Era uma grande dificuldade porque o pastor não olhava para a responsabilidade de um "grupo" ministrando louvor na igreja.

Os recursos que utilizávamos? Ham???? Já tentei usar o retroprojetor (naquela época não tinhamos datashow ainda). Mas para isso, as cortinas do púlpito deveriam ser mexidas... e teríamos que mudar a posição de algumas cadeiras. Algo impossível. Na liturgia do templo e nas regras não poderíamos interferir.

Ainda tínhamos que contar com os narizes torcidos do povo quando cantávamos, porque ninguém ficava de pé e achavam uma grande besteira isso. Fora que a nossa oportunidade era resumida a apenas uma canção e pronto. E a música ainda tinha que ser de "fogo". Senão, não receberíamos mais a chance de cantar.

Era séria a coisa, gente. Muitas vezes ao cantar e ministrar o louvor eu me deparava com meu amado pastor (entendo que isso tudo foi para o meu crescimento e agradeço a Deus por experiências como essa) em pé debruçado no púlpito de granito com a mão no queixo esperando que acabássemos de cantar. Isso me deixava arrasada. Quantas vezes corria para o banheiro e me trancava para chorar! Era realmente muito difícil.

Depois disso, eu comecei a ministrar menos porque estava viajando muito aos finais de semana e não tinha tempo para ensaiar. Quase não estava mais aos domingos na igreja. Então, fui saindo do grupo aos poucos e eles começaram a andar com as próprias pernas. Quem eu achava que iria ministrar não enfrentou de cabeça, e outra pessoa passou a liderar às ministrações.

Hoje, o grupo já não é chamado de grupinho mais (graças a Deus!). Eles têm mais componentes, já que os músicos passaram a encarar com mais seriedade. Ensaiam mais do que antes (não quanto deveriam...), mas ainda não tem uma liderança, já que isso deve ser algo ordenado pelo pastor. A igreja ainda não fica de pé para cantar com eles (não conseguem entender que esse momento é da igreja. Não é um grupo que canta, mas é a igreja inteira que em uma só voz adora ao Senhor!). Eles ainda cantam apenas uma canção, após a leitura da Bíblia (o que faz muita gente pensar que o culto ainda não começou, porque só começa no momento das oportunidades). Não utilizam recursos como o datashow (já tem um disponível para o uso da igreja), o que é essencial para o cântico congregacional, pois como a igreja cantará algo com firmeza sem conhecer a letra? Fora a questão do repertório que tem que ser algo de fácil assimilação, sem notas tortas e sem grandes arranjos vocais para não dispersar a atenção que deve ser apenas do Senhor no momento da adoração.

Apesar de tudo, o ministério já tem até um nome e é visto com mais seriedade diante das pessoas. Fora que eles tem a melhor timbragem vocal de Angra (não falo isso para puxar sardinha de ninguém, mas todos sabem o quanto sou sincera aqui!).

Creio que é um caminho a percorrer em uma igreja tradicional que não aceita nem o "batei palmas ao Senhor". Louvo a Deus pela vida de cada um deles que não desistiu desse sonho e persistem, mesmo tendo que cantar apenas as canções lentas, porque são as que são vistas como espirituais.

Liderança?

Ministério de louvor é coisa séria. Iniciar um trabalho desse é doloroso em uma igreja que não aceita esse tipo de manifestação. Nossa postura diante das pessoas e da sociedade também determinará o quanto de trabalho que se terá para implantar nas pessoas uma mentalidade de "adorador". Sabe o "espírito de adorador" da canção do Nani Azevedo? Então, o "entoarei louvores, não cessarei meu canto, não pouparei a carne" (sacrifício de louvor: ficar em pé ao cantar, por exemplo), deve ser encarado com muita seriedade, primeiro pelos componentes do ministério.

Ter uma liderança é sadio! Ter uma voz a quem se reportar, alguém que direciona a vida espiritual do grupo e que é a ponte com o pastor na liturgia do culto, traz muitos benefícios. O louvor congregacional é algo que une a igreja e a transporta o povo à uma atmosfera de unidade diante de Deus.

Início do louvor na Assembleia de Deus

Eu penso que os cultos assembleianos são como são por causa do início da igreja. A falta de preparo dos obreiros que nasceram na base da explosão do evangelho pentecostal com Daniel Berg e Gunnar Vingre, sem cursos de música, sem teologia e muito menos preparo secular. Entendam!!! Naquele tempo os pastores das congregações eram as pessoas que mais se destacavam. Ninguém devia cantar direito. Os grupos e corais foram nascendo e todo mundo na ânsia de cantar queria apresentar uma canção para Deus. Ministério de Louvor? Que nada! Isso já era coisa dos batistas (que não eram pentecostais...) americanos (pensavam ele ser como os brasileiros, só que lá, o fogo já tinha acendido há muito tempo...).

Vocês conseguem perceber o quanto a tradição humana atrapalha? As pessoas insistem em manter algo que foi instituído por homem e acham que o que vem depois disso foram inovações humanas... ahahahaha...
Sim, porque já na época de Davi, a música era algo para ser apresentada no altar por um grupo separado. Todo o povo somente acompanhava e era levado à Deus pelos levitas. Que papel importante!

Século XXI
Tudo mudou! Hoje temos pessoas que são especializadas no assunto. Conhecem de música, tem talento e estão dispostas a desenvolver um trabalho sério na área musical da igreja. Chega de colocar qualquer irmãzinha que saiba solar para reger um grupo de irmãs! Cadê a excelência diante de Deus? Só saber balançar o braço não determina a qualidade de nenhum grupo! Vejam bem, estou falando de qualidade musical. A espiritual é outro patamar!

Estamos no século XXI! Onde a igreja já conhece a Bíblia não porque ouve o pastor a ensinar, mas porque a lê em casa e tem auxílio de outros livros para enriquecer sua interpretação. Todos têm belos CDs e DVDs de ungidos ministérios de louvor do Brasil, Austrália, Inglaterra e Estados Unidos e desfrutam de momentos de comunhão ao sentir a unção de Deus trazida por meio de canções cantadas com ginásios inteiros!

Não estou desvalorizando cantores solos, mas acho que cada um tem o seu papel. Cantar é diferente de ministrar. Quem ministra está servindo à igreja, não apenas com cânticos, mas com todo o entorno que envolve o desenvolvimento de um ministério.

Vamos viajar mundo...

Outro mito é sobre criar ministério de louvor para cantar por aí. Peraí! Não é bem assim que a banda toca. Ministério de louvor nasce em uma igreja sob o aval e cobertura de um pastor. Serve à igreja local primeiro. Depois, sem que haja interferência na congregação pode sair à convites em eventos. Mas esse não deve ser o foco. Essa não deve ser a principal razão. Assim como gravar CD. Tudo isso é consequência, mas pouca gente compreende a diferença.

Uma música só?

A dificuldade que encontramos com o tempo que nos é cedido em um culto para ministrar, nas Assembleias de Deus, é outro ponto a ser abordado. Quando um ministério de louvor ministra, ele não recebe uma simples oportunidade como de um grupo qualquer, ou seja, "CANTEM APENAS UMA MÚSICA". É mais do que cantar uma música.

O problema é que os cultos são congestionados com muita música. São muitos conjuntos. São as crianças, adolescentes, irmãs, irmãos, jovens, novos-convertidos, vovós, vovôs... Ah!!!! Quanto louvor sem qualidade nenhuma. Sim! Existem exceções. Mas nem todos os jovens (por exemplo), que estão cantando em um grupo, ensaiam. Nem todos tem a vida separada para apresentar um louvor a Deus e nem a consciência de que naquele momento estamos levando à igreja ao Santíssimo Lugar!

É claro que não sobra tempo para o pobre do Ministério de Louvor! Tem que ser rapidinho mesmo... porque a palavra de Deus, em um culto, tem que ter o maior tempo. E na verdade, não é o que acontece nas Assembleias de Deus.

Ministério "O Novo de Deus"


Voltando ao início do post, eu iniciei falando da minha chegada na AD Nova Angra 1. Quando lá cheguei, não havia ministério de louvor. E a ordem do culto era tal qual em qualquer Bleia.

Quando lá cheguei, logo pedi ao meu pai a liberdade para trabalhar e iniciar esse ardido trabalho. Logo observei os talentos da congregação. Vi quem se destacava ao louvar e quem tinha testemunho de vida. Conversei com as pessoas, fizemos nossa primeira reunião, nosso primeiro estudo sobre louvor e adoração e fui sincera quanto ao objetivo do grupo. Tentei passar tudo o que eu sabia, todo meu pequeno conhecimento na área e despertar neles o desejo de ter uma vida de adoradores e de consagração diante de Deus. Eu queria formar líderes e ministros de louvor e falei isso no início. Eu queria que eles tivessem o entedimento que solar uma canção não significava nada. Que o fato de eu estar solando alguns hinos não me davam maior importância. O que eu queria era que eles discernissem o que era ministrar louvor!

Foram vídeos de minsitrações, pregações, seminários, muitas conversas... enfim... foram dois árduos anos de iniciação para jovens que nunca cantaram com microfones na mão diante da igreja, sendo o centro das atenções, mas levando as atenções ao DONO das atenções.

Foi muito difícil no começo. Pois assim como lá, na sede, eu tinha que passar voz por voz. Demorávamos mais de um ensaio para passar uma música inteira. Mas elas pegavam rapidinho. Tínhamos só um rapaz, que com o passar do tempo também ministrava, pois seu chamado para isso é muito visível (Fernandinho!).

Só tínhamos dois músicos (e ainda são os dois), meu irmão, no teclado (ele acaba fazendo baixo e guitarra junto...rs), Jônatas, e o Joabe, na batera (que é um excelente baterista, começou a tocar na minha banda também).
Tínhamos muitas regras no início, como por exemplo: Não faltar a EBD e nem ao culto de ensino (se faltava não ministrava no domingo a noite...) e isso tudo era muito importante para o entendimento da importância da vida espiritual, embasada na palavra, na vida do adorador. Muita gente não entende isso e acha que basta estar nos ensaios.


O crescimento espiritual na vida de cada um é algo que vou levar por toda a minha vida. Lembro de cada um no início. Éramos eu, Cristiane, Crislene, Régis, Fernandinho e os músicos. Depois acrescentamos a Laynara (que com 13 anos tinha altas crises de identidade por ser uma adolescente com uma mente já crescida). Todos tinham muita vergonha de demonstrar qualquer sentimento ao pegar um microfone. Quase não falavam quando cantavam sozinhos.

A igreja também não nos recebia muito bem. Ficavam em pé quando cantávamos, pelo menos grande parte, e o pastor foi nos ajudando muito com isso aos nos dar liberdade para ministrar. Nos defendia quando alguém se levantava contra nós. Tínhamos realmente a sua cobertura espiritual e defesa.

Mas isso foi mudando... e como mudou! Me alegro ao ver uma igreja adoradora e super receptiva à adoração a Deus. A igreja rejeita os louvores que não exaltam a Deus. É claro que existem aqueles que sempre se levantarão contra um trabalho, mas deixemos esses com os fariseus, Sambalates e Tobias.

Me alegro ao saber que posso deixar qualquer um dos componentes ministrando louvor. Dão conta do recado e constrangem o povo de tanta liberdade na adoração. Nossos ensaios são práticos! Cada um já sabe sua voz em qualquer música nova e os ouvido estão bem afinados e as cordas vocais acompanham a harmonização!

Meu irmão teve um crescimento absurdo. Ele só tocava no início. Depois passou a cantar e até a liderar a ministração ao teclado. Surpreendeu a todos com seu carinho com o Espírito Santo e autoridade.

A Régis também ministra como gente grande e sabe o que fala, pois conhece a palavra... A Laynara foi embora para Poços de Caldas, mas saiu daqui me deixando a lembrança da doce ministração da canção "És meu tudo, és meu Senhor, és meu amigo, meu intercessor...". A Crislene tem um timbre incrível! Sou fã... Ela ainda é vergonhosa, mas acredito que ainda pode ser treinada para falar com segurança diante da igreja. A Cristiane já cantava sozinha, mas só cumprimentava a igreja. Hoje? Hum... Eu lhe peço que a convide para cantar em sua igreja! O Fernandinho é o figura! Ele tem um carisma incrível e uma versatilidade única. Ele tem seu estilo e consegue imprimí-lo em cada canção. Além de compor lindas canções está produzindo seu CD solo! O Joabe é um profeta do ritmo! Como ele tem unção ao tocar com suas baquetas os tom-tons, caixa, surdo, pratos, bumbo... Ele também está indo embora para Poços de Caldas.

Neste ano, ganhamos duas novas aquisições: Tiago e Ananda. O Tiaguinho foi um presente de Deus para nós e com sua maturidade espiritual está nos despertando ainda mais para Deus. A Ananda, uma fofa, está sempre disposta a aprender.

Vários músicos passaram por ali, mas não permanceram como o Julianderson e o Jogly, mas Deus sabe de todas as coisas.

Hoje, temos um nome "Ministério de Louvor O Novo de Deus" e já cantamos em vários locais fora da AD Nova Angra 1 por convites! Sim, as pessoas já conhecem nosso ministério e gostam! Algo que nos marcou também foi a visita do Nani Azevedo em nossa igreja. Nós cantamos com ele todas as canções e foi lindo! Não posso esquecer de nossa apresentação do projeto "Noites Angrenses", da Prefeitura de Angra, na Praça do Porto. Deus nos visitou ali e o demonio não ficou satisfeito, nada a nada... Foi uma batalha espiritual. Glórias a Deus!



(...)

Estou com um grande pesar no meu coração, pois, nesse domingo, será nosso culto de despedida da AD Nova Angra 1. Vou levar o "O Novo de Deus" para todo o sempre em meu coração e no meu álbum de casamento (sim eles ministraram lá e tiraram todo mundo do chão!) Vou sair de lá com meu coração partido. Mas depois faço outro post sobre isso.

(...)

O foco desse post é o louvor e adoração na Assembleia de Deus. Contei minha trajetória com dois ministérios e a diferença que faz ter a liberdade da liderança para desenvolver um trabalho de excelência.
A visão faz toda a diferença.
Meu sonho é fazer isso em todas as congregações do nosso campo. Louca eu? Sim, sou... eu sei.
Claro que tem muita resistência por aí e em algumas delas já tem um ministério de louvor formado e pessoas esforçadas para liderar.
Mas penso que um grande seminário com todas as pessoas que fazem o louvor nas congregações auxiliaria muito no crescimento.
Sonho? Talvez? Mas vou persistir nesse meu ideal de culto. Creio que não é meu ideal, mas é o ideal de culto de LOUVOR sincero, vertical e EXCLUSIVO à Deus.

(...)


Esse post, mesmo que grande, retrata um pouco das minhas aflições em desenvolver o meu chamado na minha denominação.
Chorei muito ao escrever cada palavra e lembrar de cada situação vivida. Hoje eu vejo que, cada experiência, valeu muito a pena.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Vibe?




Hoje, aqui, no meu trabalho, um colega chegou contando sobre sua experiência na noite passada. Contou que foi para uma boate e chegando lá, viu que quase não tinha ninguém. Então ele pegou suas coisas e foi para outra boate, que estava bem mais cheia.
Ele adora tomar absolut (Absolut é uma marca de vodca sueca fundada em 1879 por L.O. Smith na pequena cidade sueca de Åhus. Revolucionou a fabricação de vodca por meio do processo de destilação contínua.), que é uma bebida bem cara, por sinal.
Chegando lá, ele comprou umas garrafas (já estava em falta, mas segundo ele, quem tá na VIBE tem direito...). Como assim?
É, ele disse que é meio que especial na balada e o cara libera pra gente como ele.
Ele começou a beber e um "mulherão", que ele diz ser linda, inspetora de solta, anda de cherokee, tem uma tatuagem linda nas costas com tinta japonesa, é loira, com situação melhor que a dele,..., que começou a puxar assunto e rolou. Eles ficaram.
...
Algumas horas depois, a porradaria estancou do lado de fora da boate. E não eram homens. Eram mulheres e amigas do tal "mulherão", que ele disse que estavam se batendo por ele. (Hein?!) Ela ficou chateada e ele disse que a cena era louca porque tinha filha batendo na mãe e mulher arrancando cabelo uma da outra. Tudo porque rolou, segundo ele, alguma parada mais pesada lá dentro. Estavam todas drogadas e muito loucas.
...
Daí, ele mesmo começou a questionar: "Fico horrorizado dessa galera de hoje. Esses jovens que se metem em muita parada errada. Essa parada de droga é a descida do inferno."
???
...
Eu, é claro que não me calaria, disparei: "Ah, e o absolut que você bebe? Não é droga, não? Tudo bem que é lícita, mas é droga!"
"Ah, não é não, pow!" Ele começou a comparar com o efeito da cerveja que não o deixa bêbado e por isso ele não bebe, e ainda começou a explicar. "Cerveja é bebida de pobre. Eu bebo absolut por várias razões. Primeiro porque é uma bebida cara e por isso não posso beber todo dia. Então é uma tática para beber poucas vezes no mês."
???
...
Ele insistia em dizer que detesta essa "parada de droga". "Pow, essa galera só curte com droga. Tá lá, na boa e tal... De repente vai pro cantinho, volta e fica a noite toda como zumbi...".
Nessa hora meu coração se apertou porque imaginei amigos meus nessa situação. E meu marido começou a falar com ele. "Cara, imagina seus rins daqui há uns anos como vai estar por causa de vodka". Ele disse que bebe com redbull e gelo.
(Esse mesmo cara, em outubro passou muito mal e ficou de licença médica durante uns 3 meses por causa do ritmo de vida que levava. Só na coca, red bull, absolut, hamburger, batata frita, noites mal dormidas...)
"Ah, Luisinho, eu sei pow, minha família tem problema de bebida. Meu irmão, meu pai, mas eu sei a hora de parar... Ainda to com efeito de redbull no corpo"
...
Daí, ele começou a me explicar que só bebe bastante umas três vezes a cada dois meses e que aproveita o fato de beber absolut para observar a "night".
"Elaine, é muito esquisito e legal. Eu tiro vantagens em beber absolut. Na "vibe", é como que você atraísse as pessoas (mulheres) pelo que você bebe."
Eu deixei que ele explicasse tudo.
"Eu vejo que tipo de mulher tem na área. Se ela é vampira e tal, só vem atrás de você pra você pagar bebida pra ela. A mulher que fiquei ontem não era assim. Eu paguei 300 contos e ela pagou 100 no cartão de crédito."
... (TUDO EM BEBIDAAAAAAAAAAA!)
Ele acabou de entrar de novo aqui na sala, para contar a história toda para outro colega e disparou: "Estou zerado de grana, mas..."
Nem vou completar o que ele disse.

Fico arrasada com essas histórias que ouço sempre de pessoas como ele.
Essa época do ano é muito complicada. O verão é um chamariz para os jovens que querem mais é curtir, sem pensar no dia de amanhã.
As tribos da night sufocam as pessoas e fazem com elas, na verdade, não sejam quem realmente são. Tudo para agradar e atrair gente com $ (na verdade, eles pensam que têm... mas todo mundo se engana).
Ele disse isso, ainda, que me marcou: "É tudo um jogo de interesse".
Uau! É BBB da vida real.
Quantos jogadores nós temos nessa vida, hein? Diversos tipos, cores, jeitos...
Que falsa felicidade. Que falsa identidade. Que falta de amor, que falta de amigos verdadeiros. Que vazio dentro do coração. Que falta de Jesus.

Eu tiro a conclusão que vivo na VIBE. Eu perguntei no meu Twitter o que era vibe e um pessoa respondeu assim VIBE: tá no clima, é pra frente, ousado, super legal essas coisas e coisas assim.
Eu sempre to no clima. Sou pra frente e sou ousada (como sou!). Ah, sou super legal e não preciso de ABSOLUT e nem DROGA nenhuma para ter felicidade plena.